Fala-se que a infância é a melhor época desta vida. Há quem não concorde, mas é simples encontrar as razões que justificam tal afirmação. Ora, o que é a infância se não um breve sopro da mais amena condição de contemplação da existência, sublime apreciação das coisas mais leves da alma: alegria, inocência, amor. Uma concessão de paz para o ser que logo mais encontrará as amarguras da implacável realidade.
Ao se aproximar dos rudimentos da idade adulta, é preciso enrijecer os sentimentos, consolidar convicções, encontrar sentidos onde impera a confusão, encontrar consistência onde antes era tudo tão tênue. A criança dança, o adulto dita o ritmo. Contudo não se trata mais de um contemplativo concerto, e sim de uma exaustiva batalha, cheia de altos e baixos, vitórias e derrotas. Não somos mais leves dançarinos, mas sim bravos soldados, lutando na linha de frente, mantendo a retidão, e suportando o pesar dos ferimentos que incomodam o presente enquanto se misturam às ruínas fragmentadas do passado.
Há também quem não goste desta versão, preferem acreditar que a vida adulta pode ser leve como os passos de uma criança, basta mudarmos nosso estilo de vida, basta entrarmos em estados meditativos e evitarmos os devaneios mundanos que nos cercam, basta evitarmos este lado sombrio e violento que nos dita o ritmo. Esta é sem dúvida uma saída, mas questiono se não é um terrível equívoco, uma tentativa precipitada de se blindar ante as cargas impostas pela verdade.
Suspeito que há algo obscuro nas doutrinas da abstração, suspeito que há algo verdadeiramente divino nas mais dolorosas vicissitudes que nos são impostas, suspeito que a espada do combatente em punhos seja tão digna de veneração quanto o mais puro ato de desprendimento terreno. Seria o amor um nirvana budista, ou seria o amor um penoso levantar de cruz e respingar de sangue ao longo de uma íngrime caminhada? Se tudo é manifestação do amor, nada é manifestação do amor. Quiça o amor não seja esta coisa gratuita, e sim a mais escassa das raridades, onde não se chega se não pela mais ardorosa das conquistas, que nos afasta das mais miseráveis condições.
Aquele que esvazia a mente, talvez acabe esvaziando o coração. Aquele que se veste com a armadura e se prepara para a batalha, talvez entre em confusão, mas ao lapidar sua vastidão de paixões, tenderá a chegar ao verdadeiro Eldourado de um amor tangível, concreto, visto a olho nu, mas visto apenas por aqueles que reagiram às suas provas, aqueles que mativeram combatente vigília enquanto permaneciam resilientes, altivos, com os olhos fixos no horizonte que se descortinava a cada um de seus penosos passos.
Ao se aproximar dos rudimentos da idade adulta, é preciso enrijecer os sentimentos, consolidar convicções, encontrar sentidos onde impera a confusão, encontrar consistência onde antes era tudo tão tênue. A criança dança, o adulto dita o ritmo. Contudo não se trata mais de um contemplativo concerto, e sim de uma exaustiva batalha, cheia de altos e baixos, vitórias e derrotas. Não somos mais leves dançarinos, mas sim bravos soldados, lutando na linha de frente, mantendo a retidão, e suportando o pesar dos ferimentos que incomodam o presente enquanto se misturam às ruínas fragmentadas do passado.
Há também quem não goste desta versão, preferem acreditar que a vida adulta pode ser leve como os passos de uma criança, basta mudarmos nosso estilo de vida, basta entrarmos em estados meditativos e evitarmos os devaneios mundanos que nos cercam, basta evitarmos este lado sombrio e violento que nos dita o ritmo. Esta é sem dúvida uma saída, mas questiono se não é um terrível equívoco, uma tentativa precipitada de se blindar ante as cargas impostas pela verdade.
Suspeito que há algo obscuro nas doutrinas da abstração, suspeito que há algo verdadeiramente divino nas mais dolorosas vicissitudes que nos são impostas, suspeito que a espada do combatente em punhos seja tão digna de veneração quanto o mais puro ato de desprendimento terreno. Seria o amor um nirvana budista, ou seria o amor um penoso levantar de cruz e respingar de sangue ao longo de uma íngrime caminhada? Se tudo é manifestação do amor, nada é manifestação do amor. Quiça o amor não seja esta coisa gratuita, e sim a mais escassa das raridades, onde não se chega se não pela mais ardorosa das conquistas, que nos afasta das mais miseráveis condições.
Aquele que esvazia a mente, talvez acabe esvaziando o coração. Aquele que se veste com a armadura e se prepara para a batalha, talvez entre em confusão, mas ao lapidar sua vastidão de paixões, tenderá a chegar ao verdadeiro Eldourado de um amor tangível, concreto, visto a olho nu, mas visto apenas por aqueles que reagiram às suas provas, aqueles que mativeram combatente vigília enquanto permaneciam resilientes, altivos, com os olhos fixos no horizonte que se descortinava a cada um de seus penosos passos.
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