quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Salzburgo, a cidade que respira música

Mirabellgarten
Durante os dias na Áustria não deixariamos de ir a Salzburgo, algo que já estava planejado, principalmente por estarmos na região Noroeste do país. Pegamos um trem partindo de Frankenmarkt pela manhã e chegamos à bela estação de trem de Salzburgo depois de um pouco mais de uma hora de viagem. A paisagem do trajeto é sensacional, como descrevi no post passado, um visual que aconchega juntamente com a calma, porém rápida, locomoção tocada pelo trem. Viajar de trem na Europa é uma experiência que brasileiros não podem deixar de fazer, até para valorizarmos esta ideia e quem sabe um dia usufruirmos deste serviço em nosso país. Rápido, seguro, confortável, ecológico e inteligente.

Estava um dia agradável na cidade, temperatura amena e como sempre milhares de turistas, Salzburgo é sustentada pelo fluxo de viajantes que chegam até lá para apreciar a rica vida cultural da cidade que encanta os visitantes com sua música e sua conservada atmosfera de cidade do século XVIII, infestada de carruagens e desenhada numa arquitetura herdada dos períodos imperiais. Uma cidade que estaria parada no tempo se não fosse a gigante Red Bull investindo em inciativas privadas juntamente com outras empresas da região. E sim, este império chamado Red Bull é de lá, de Salzburgo, inclusive o nome do time de futebol é “Red Bull Salzburg” e aquele cara que saltou do espaço também é de lá.

Centro da Cidade
A cidade é realmente bonita como todos dizem, organizada, limpa, com um comércio interessante e muito para se olhar e admirar, no meu caso a admiração se voltou a um Pretzel gigante que deu até dor de cabeça depois de comer tudo. Vale salientar que o Pretzel tradicional é salgado, não doce como estamos acostumado a conhecê-lo no Brasil, e comer um Pretzel doce daquele tamanho não é uma decisão das melhores, mas vale a pena uma vez na vida. Um dos pontos que mais gostei de Salzburgo foi a liberdade para se locomover como pedestre, pois a utilização de carros no centro é rigorosamente limitada, controlada ao extremo, uma decisão inteligente para uma cidade que quer se tornar competitiva no turismo. Assim as ruas e becos ficam livres e longe da confusão dos carros, promovendo uma experiência bastante agradável de ir e vir aproveitando o clima ameno e até sentando num dos charmosos restaurantes e experimentar a comida austríaca que carrega suas peculiaridades.


Casa onde Mozart Nasceu
Apesar da cidade ser de grande importância no roteiro de qualquer turista que visita a Europa, ela ainda não é uma das minhas favoritas, pois querendo ou não, em algumas cidades do continente fica claro aquele nível de ostentação de superioridade por alguns nativos e também visitantes endinherados que procuram um recinto para se diferenciar das pessoas “normais”. Portanto, infelizmente, Salzburgo é deste tipo de cidade que atrai em grande parte um público que está mais preocupado em mostrar o que tem do que qualquer outra coisa. Na Escócia isso acontece em Edimburgo, por isso que gosto mais de Glasgow.

Mas é claro que os pontos positivos estão muito a frente dos negativos e vale a pena conhecer este lugar que foi berço  de Wolfgang Amadeus Mozart, este gênio da música clássica que aos cinco anos de idade já impressionava o velho continente com suas precoces composições. Ao caminhar por Salzburgo, com certeza você avistará uma edificação amarela no centro de uma das praças principais onde o músico nasceu, não só você como vários outros turistas dos quatro cantos do mundo que estarão tirando fotos por todos os lados. Mozart é o símbolo da cidade, ele está em todo lugar, em edificações, apresentações, caixas de bombom, lembrancinhas de todos os gêneros, a verdade é que após um dia em Salzburgo você não quer mais saber desse rapaz, é um êxtase de Mozart para dizer chega!

Pretzel Gigante
Pela noite é aquela mesma estória de sempre, boate, bar e restaurante, escolha um ao seu gosto, eu fui a um bar com minha namorada e uma turma dela. O lugar era exuberante, em frente ao Rio Salzach com vista para a fortaleza, ponto mais alto da cidade, uma vista belíssima. Sabe aqueles bares que no Brasil dá uma dor no bolso só de você pisar dentro? Pois é, era desse tipo, logo pensei que iria falir ali, mas felizmente eu estava errado, os preços eram os de sempre, aliás isso é uma facilidade que vemos na Europa, não importa onde você vai, os mesmos produtos sempre terão preços similares, e não importa se você é rico ou pobre, você sempre terá acesso a um lugar com uma bela vista e um bom serviço, pois seu salário mínimo é suficiente para estar num nível de dignidade frente aos outros cidadãos.

Outro ponto interessante da noite era que ao passar por alguns bares e ver os cardápios, fiquei impressionado com o número de bebidas brasileiras, algumas coisas eu nem se quer sabia que existia, Caipirinha, Caipiroska, dificilmente você achará alguém numa cidade turística que não saiba o que é isso, o negócio é mais sério do que pensei. Inclusive devo salientar que o Brasil está mesmo na moda, todo país que você for, econtrará uma marca de Brasil, pode ser em bebidas, roupas, uma bandeira, de alguma forma você verá um rastro verde e amarelo. E pra ser sincero, é uma sensação divertida ser brasileiro no meio de um monte de gringos, parece que você veio de um lugar fora do planeta Terra, e então você reconhece como é prazeroso o desafio de se adaptar àquelas pessoas com a cultura muito longe da sua, um dia ainda quero ir a Ásia fazer esta experiência.

Para fechar, ao visitar Salzburgo, não esqueça de visitar o famoso jardim “Mirabellgarten”, principalmente se você for mulher ou um homem querendo fazer uma mulher sorrir, o lugar é bacana, principalmente na primavera é claro. O transporte público também funciona muito bem e não te deixará na mão. Deixamos a cidade na manhã seguinte também de trem e só então eu reparei que não tinha comprado nenhuma lembrancinha para trazer, mas não me arrependi pois o dinheiro de trabalhor voluntário era curto, quem sabe na próxima eu trago. Obrigado a você que visita o blog, espero que esteja gostando, em breve tem mais, abraços!

Artistas de Rua por toda a parte.

Cardápio de um dos Bares.

Vista a Noite.

Rio  Salzach com vista cartão postal da cidade ao fundo.

Cadeado dos Casais em uma das principais pontes.

Lembrancinhas do Mozart por toda a parte, muito chocolate.

Xadrez Gigante.
Passeio de Carruagem?

Volta de Trem, tranquilidade ao extremo.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Considerações sobre a Áustria

Paisagens da Estrada - Primeiro Dia
Apesar de ter se passado quase um ano desde que fiz esta viagem, não poderia deixar de escrever sobre as minhas impressões deste belo país, algo que de certa forma não pude fazer devido à reta final do trabalho na Escócia. Mas isto não vem ao caso, pois qualquer hora é hora de falar de lugares especiais. Viajei para este país com minha namorada para conhecer sua família, seu país e finalmente ter um intervalo no trabalho, é difícil descrever o quão eu estava esperando o dia dessas férias, viajar é muito bom, desde as semanas que antecedem até todos os detalhes vividos naquele novo lugar.

Saímos de Edimburgo em direção à Alemanha, Munique, onde iriamos de carro até Frankenmarkt, pequena cidade na Alta Áustria, próxima a Salzburgo, capital da música clássica e berço de Mozart. Desde o momento em que o avião pousava na capital da Bavária eu já podia ver coisas que me chamavam atenção, uma delas era a organização que se podia ver lá em baixo, desde a forma em que as residências se colocavam, até à divisão de propriedades tomadas por uma agricultura forte de um país onde cada pedaço de terra tem um grande valor. Mas o que ficou mesmo na minha mente foi a impressão de alta velocidade que percebia assistindo a movimentação dos automóveis naquelas perfeitas estradas alemãs. Enquanto em outros países eu estava acostumado a ver os carros lá em baixo se locomovendo devagarzinho, na Alemanha tive a impressão de que eles funcionavam com alguma tecnologia diferente que dá até a impressão de que estão levitando rapidamente, falarei mais disso em breve.

Cume da Montanha
Chegamos ao Aeroporto de Munique num dia de muito calor, mas calor para quem está saindo da bolha fria e chuvosa do Reino Unido é só alegria. O Aeroporto é bem grande e foi interessante estar naquele país com mais uma nova língua que chegava aos meus ouvidos, é sempre atrativo quando chegamos num país de língua muito diferente e vemos todas aquelas pessoas se comunicando de uma forma que nunca vimos antes, logo no aeroporto se percebe aquele choque cultural, é quando você olha para se mesmo e fala: “Sou brasileiro”, eu particulamente adoro esta sensação, não por vaidade, mas sim pelo sentimento de estar movendo a cultura do meu país a outras partes do planeta e estar vulnerável às lições que tirarei da cultura a qual estou visitando.

Saímos do aeroporto de carro com a gentileza do pai da namorada que dirigiu cerca de duas horas e meia para estar lá no momento de nossa chegada. Logo na estrada a imagem lá fora já me prendia por completo, que visual, que grama verdinha! As montanhas no fundo com uma camada de neve as cobrindo, as flores amarelinhas pelos campos por razão da primavera que havia chegado, as belas casas da Bavária mostrando a sutil presença humana naquele espaço, igrejas com uma arquitetura que nunca vi antes, edifícios de pequeno porte tão organizados e bem cuidados, tudo com tanto esmero, mostrando uma das melhores formas de desenvolvimento que a humanidade pôde empreender até aqui. Rodovias largas e bem sinalizadas, pessoas respeitando a lei de forma admirável, carros passando em velocidades assustadoramente altas (para um brasileiro) na faixa da esquerda, tudo funcionando conforme deve ser, eis o momento que você percebe o que a educação de um país pode construir, é uma pena ainda não haver esta consciência em nosso país, só aqueles que possuem educação sabem o valor dela.

Típico Lago Austríaco
Durante o trajeto um suculento lanchinho havia sido trago numa bolsa térmica, sanduíches em pães de particular consistência e sabor, junto com saborosos ingredientes orgânicos como aqueles queijos que só comemos na Europa. As férias de uma semana não poderiam ter começado melhor. O tempo passava e quanto mais perto chegávamos da Áustria, mais montanhas apareciam com toda sua opulência mostrando o que se destaca na paisagem daquele país, são elas que definem as limitações geográficas, protegem cidades e têm grande papel na cultura dos países alpinos. Você não é membro de um país alpino enquando não caminhar ou escalar até o topo de uma dessas montanhas e deixar sua marca lá em cima. Algo que também me chamou atenção, porém ainda no trajeto alemão, foi a quantidade de painéis solares vistos ao longo da estrada, a Alemanha é o país recordista em produção de energia solar, e você sabe quem é o responsável por isso? O governo?! Não, é claro que o governo faz sua parte, mas os maiores responsáveis são os cidadãos comuns que investem nesta forma de produção de energia, o povo com o seu próprio dinheiro compra os painéis sabendo da importância que é a produção de energia limpa nos dias atuais. Pois é, enquanto meus compatriotas defendem a construção de hidrelétricas ultrapassadas devastadores de florestas, outros países já estão suprindo suas necessidades elétricas por meio de fontes de energias renováveis e harmônicas com a natureza.

Caminhada rumo ao topo da Montanha
Chegamos na Áustria após este trajeto e já havia escurecido, os outros dias se seguiram com visitas a algumas cidades, caminhadas ao topo de montanhas, várias experiências gastronômicas, visita a Salzburgo, visita a florestas de volta a Alemanha (é uma região de fronteira, portanto estamos sempre em transe entre Áustria e Alemanha), celebrações de família e muitas outras coisas, minha nossa, você só nota o quanto viveu quando começa a querer escrever sobre isso, portanto pensando bem, creio que deixarei para falar mais em detalhes em outros posts, pois notei que seria muita informação para um post só, mas pelo menos a introdução já foi feita. Mesmo assim não deixarei de falar aqui sobre algumas impressões da Áustria.

A Áustria é um país belíssimo devido às suas paisagens que mesclam belos campos, alpes, lagos e florestas, variando muito seu visual dependendo da estação do ano, fazendo com que o clima do país tenha um dinamismo muito amplo (assim como na maioria dos países de clima temperado). Com um IDH elevadíssimo é sem dúvida um dos melhores países para se viver no planeta, oferecendo excelentes opções para as necessidades básicas de seus ciadãos, como educação, saúde, transporte etc. Nada é caro de forma que o cidadão não possa pagar (geralmente), pois todo serviço prestado no país leva em consideração o poder aquisitivo de sua população e a legislação tenta favorecer os poucos menos afortunados que precisam de maior suporte do governo. Criança tem suporte financeiro do governo até seus 25 anos de idade, faixa etária estimada para concluir o ensino superior, além de ter educação gratuita até a se formar no ensino médio. O acesso ao ensino superior varia, porém não é difícil ingressar numa universidade pública sem custos, há muitas vagas e o processo seletivo está longe de ser essa selva de competição que acontece no Brasil. Além de que lá eles levam bastante em conta as experiências pessoais do estudante que quer ingressar, portanto ir bem num teste ao estilo vestibular só quer dizer que você é um bom absorvente de informação, isso está longe de definir a sua real condição e capacidade humana.

Kässpatzen, muito bom!
As pessoas são muito tranquilas e amigáveis, falam um dialeto alemão diferente do tradicional, alguns dizem até que falam Austríaco, mas se uma pessoa fala o alemão tradicional é só questão de tempo para se adaptar ao alemão da Áustria. Em geral são bem privadas, mas creio que isso seja uma característica européia mesmo, cada um na sua, respeitando seus limites e o espaço do outro. Isso até me faz lembrar de um vizinho de outro prédio(em Fortaleza) que gosta de ouvir música alta durante as noites de sábado até altas horas da manhã, e nem adianta chamar polícia porque ninguém vem, na Áustria algo como isso não acontece, e se acontecesse não levaria muito tempo até um carro da polícia chegar e acabar logo com a festinha que incomoda centenas de outros cidadãos.

Para falar a verdade eu não vi nenhum ponto negativo durante o tempo que passei naquele país, quero passar mais tempo e prestar mais atenção, ou até viver lá para descobrir os defeitos que podem ainda existir, pretendo voltar em Julho e com certeza verei muito mais pois terei muito mais tempo e já terei superado aqueles primeiros dias de choque cultural. Por enquanto é só, tentarei escrever posts sobre experiências específicas em breve, pois este já ficou muito longo. Áustria é isso, um exuberante país de nível social elevado, pessoas amigáveis, organização, segurança, clima bom a maior parte do ano e muito mais que descreverei em breve, abraços.

Mirante com placa indicando a direção de outras montanhas.

Lagos e mais lagos.

Montsee

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A existência de alienígenas

Não é uma novidade que vida extra-terrestre sempre foi um assunto de grande impacto na civilização humana em toda história e em todos os continentes. Muitos acreditam e outros não, alguns têm medo e  outros dariam tudo por um contato com seres de outros planetas. É exatamente isso que trataremos a respeito no post de hoje, pois apesar de ser um assunto bastante ignorado pela população usual, a existência desses seres seriam de colossal impacto na ordem mundial, e eu não estou falando de um caos generalizado, estou falando de uma nova forma de entender o universo em que o homem tem teimado em tratar como algo sem muito valor.

No último dia 9 de Janeiro o portal do jornal “O Globo” publicou um artigo sobre o Fórum Econômico Mundial (que não sei quando acontecerá) e os “Fatores X”, um conjunto de assuntos extras que deveriam ser tratados durante o evento. Entre esses “Fatores X” o que mais chama atenção é o relacionado a uma possível descoberta de vida alienígena e seu impacto frente ao planeta Terra, ou seja, as autoridades mundiais já começam a se preocupar com um evento que parece estar próximo e suas consequências. E quais seriam essas consequências?

Ora, imagine um planeta dominado pelo materialismo e religião tendo contato com seres portadores de tecnologias fora de nossa imaginação? Sim, são seres altamente desenvolvidos, pois acredite em mim, para cruzar o espaço uma civilização deve estar num nível de evolução muito a frente do que nós, medíocres terráqueos, não só isso como também seriam seres de evolução moral muito a frente de nossa realidade. E amigos, devemos estar certos de uma coisa, eles vão trazer bastante novidades, tenhamos certeza. Novidades que balançarão a filosofia humana, a psicologia, a espiritualidade, a ciência e todos os ramos do conhecimento, pois esses seres trariam uma visão de mundo que o ser-humano precisaria viver várias vezes para entender. E é esse o motivo que me faz acreditar que eles ainda não fizeram um contato “oficial”, pois somos ainda muito infantis para conhecer estes seres amigos que nos monitoram de longe como um irmão mais velho que não pode ser visto.

Este assunto é bastante amplo e precisarei abordá-lo em outros posts, mas antes disso gostaria de descrever a minha visão sobre como imagino o funcionamento da vida em nosso universo, é claro que de uma maneira limitada, pois quem sou eu para tratar deste assunto que esconde tantos mistérios. Começaremos a falar de planetas. Vários deles habitam o universo, sendo tantos que nem adianta eu tentar usar palavras normais para tentar expressar a quantidade desses orbes que existem mundo a fora. Dentre esses planetas existem bilhões como nosso planeta, eu disse bilhões! Mas acredito que sejam mais. Só com este pensamento já é absurdo pensar que estamos sozinhos, pois na realidade não somos nada mais que um átomo de um grãozinho de areia no universo, ou provalmente menos. Nosso planeta é um pedacinho de coisa voando por ai e um simples ser-humano não é mais do que um imperceptível pó cósmico. Assita ao vídeo abaixo para termos uma noção de tamanho para nos basearmos:



Depois de assistir a este vídeo você deve ter entendido nossa insignificância no universo. Agora pensemos, que tipos de vidas habitam outros planetas? Bom, partindo da lógica, existem muitos seres inteligentes, milênios a frente que nós, assim como seres atrasados na mesma proporção, que ainda estão aprendendo a se comunicar, como também há planetas de fauna e flora riquíssimas mas sem inteligência racional, este é um assunto tão amplo que este simples pensamento já é suficiente para enfervescer nossas mentes com uma imaginação infinita sobre o que há lá fora. Imaginemos animais diferentes, plantas diferentes, humanos diferentes. Ora, se só em nosso planeta há tanta riqueza e variedade, imagine em outros muito maiores do que a Terra? Imaginemos um planeta Terra que por acaso é dez vezes maior que o nosso, com uma humanidade altamente desenvolvida capaz de usar tecnologias inimagináveis e manipular a natureza de seu planeta de uma forma que tudo é planejado com uma eficiência perfeita auto-sustentável e tudo que é construído é baseado num alto padrão de beleza estética envolvendo natureza e tecnologia, dando ao planeta uma imagem de um completo paraíso. Será que isso é possível? Sem dúvidas!

Existem seres neste universo que colocariam no chão toda a maldade deste planeta com sua sabedoria, através de suas magnânimas condições evolutivas eles fariam o orgulho, a inveja e a vaidade perderem o sentido. Ensinariam-nos as leis da espiritualidade e como tudo está conectado no universo, como nossa evolução tem ligação com tantos outros fatores além de nossas vidas atuais. Abririam a mente desta humanidade limitada e teimosa de orgulho, mostrariam a verdadeira beleza da vida que está destroçada pelo nosso materialismo doentil. Espero que eles venham o quanto antes, pois precisamos de ajuda externa direta para iluminar este planeta que sofre nas trevas da mediocridade humana. Lamento a posição de alguns ao achar que estamos sozinhos, não estarão preparados para o dia em que eles chegarão, o dia em que abriremos as portas de nosso planeta (que sempre estiveram abertas mas sem a consciência da humanidade) aos amigos de outros orbes, de outros galáxias, de outros mundos que nos fascinam só de pensar a respeito. Tenho tanto a falar sobre isso que sinto como se já estivesse nascido com essas informações. Em breve escreverei sobre o Universo e a dinâmica da reencarnação no mundo espiritual, pois só assim teremos base para tratar deste assunto com mais eficiência.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A vida após Camphill

Despedida da Padaria.
Hoje resolvi dar uma olhada no blog e nas postagens antigas para lembrar um pouco do ano passado (e retrasado) para ver o que eu podia tirar de bom para me inspirar neste momento da vida, sem dúvida um novo momento, após tanta coisa atípica que vivi no último um ano e meio. Estou no Brasil desde Julho do ano passado, mas sinto como se tivesse chegado só agora em Janeiro, pois quando cheguei  de verdade a vida ainda estava muito longe de voltar ao normal.

O Camphill foi uma experiência fantástica que me enriqueceu muito como ser humano, posso notar isso em todos os aspectos, porém essa viagem não me mostrou uma das principais coisas que eu esperei que mostrasse: o que diabos eu ia fazer na minha vida (em termos de estudo) e onde eu iria fazer isso, as opções eram muitas e as vontades também. Cheguei decidido a tentar estudar na Europa, principalmente porque a namorada não ia gostar da ideia de um relacionamento a distância. Preparei tudo, busquei informações, preparei documentação, porém cada vez mais a dificuldade burocrática me distanciava, além do lado financeiro que não iria ser fácil, a verdade é que estudar na Europa regularmente como membro da classe média brasileira é uma possibilidade para poucos.


Acabou que desisti da Europa e tive que entrar num acordo com a namorada para que meus estudos aqui não durassem muito tempo e me abrissem portas para uma atuação profissional na Alemanha ou Áustria (ela é alemã mas mora na Áustria), e de repente surgiu um velho curso que sempre simpatizei na Universidade de Fortaleza, Comércio Exterior, que sempre havia evitado devido ao meu enferrujamento na matemática. Nada poderia cair melhor, um curso eclético, com oportunidades no mercado e principalmente internacional, o que abre muitas portas para intercâmbios acadêmicos e pontes para interação com outras países.  A Unifor mantém uma parceria com uma faculdade da Alemanha que garante aos alunos intercâmbistas um diploma duplo (brasileiro e europeu), o que cai perfeitamente para mim e pode me capacitar mais rapidamente a entrar no mercado de trabalho lá, inclusive conheço pessoas que estão lá hoje por este meio. Além do mais o curso também me parece bastante interessante e acredito que vou gostar.

No último semestre, também ao chegar, fiquei sabendo que uma escola de línguas estava selecionando novos professores, o que me fez aceitar um novo desafio logo ao chegar, sem intervalo para adaptação nem nada, isso iria pesar depois de alguns meses. Tenho que dizer que a readaptação após um intercâmbio desse é um pouco complicada, um dia eu estava numa comunidade rural para deficientes mentais na Escócia e no outro dia estava numa cidade brasileira tostando de calor e vivendo num sistema totalmente diferente, com pessoas diferentes, regras diferentes, sentia-me definitivamente como um peixe fora d’água entrando numa seleção de professores. Sabe quando você está totalmente por fora da vida e não sabe nem falar direito? Pois é, eu estava em outro mundo, tenho certeza que as pessoas me achavam estranho naqueles primeiros meses, mas fui levando e a readaptação foi vindo, apesar de muito conturbada por causa da decisão do que eu iria fazer e quais decisões eu iria tomar numa vida bagunçada no Brasil e uma namorada na Europa.

Despedida no Boliche.
No final das contas eu passei e me tornei professor nessa escola, outra experiência bastante interessante, ensinar para adultos e adolescentes na mesma escola que eu frequentava quando estava aprendendo inglês. No começo foi um pouco difícil, mas depois de pegar o jeito é que você percebe que ser professor é uma profissão fantástica e muito gratificante. Porém tive que abandonar o trabalho em setembro por vários motivos, primeiro porque eu senti a falta de um intervalo entre o Camphill e a vida aqui, eu estava precisando urgentemente de férias para processar o que aconteceu e simplesmente descansar, o que eu não conseguia fazer muito na Escócia e estava contando os dias para fazer no Brasil, segundo porque eu estava considerando estudar no exterior e toda aquela burocracia estava me enchendo a cabeça e não me deixava em paz para preparar boas aulas na escola, além de que eu tinha que estudar mais inglês para ter uma boa nota no IELTS, acabei que nem fiz, mas fiz o TOEIC por iniciativa da escola em que trabalhava e fui muito bem (IELTS é o teste de inglês acadêmico britânico e TOEIC é um teste de inglês profissional mais utilizado por empresas), e terceiro minha namorada estava para chegar no fim de setembro para passar 3 meses no Brasil, assim finalmente eu teria minhas férias e poderia decidir tudo o que iria fazer, para alguns isso pode parecer um semestre perdido, mas acredite em mim, foi muito necessário.

Minha namorada chegou e aqui ficou por três meses, durante esse tempo eu a ensinava português e ela me ensinava alemão, é claro que ela aprendeu português muito mais rápido por estar num país de língua portuguesa, inclusive quando retornou a Alemanha havia uma brasileira de Minas no Aeroporto na hora do desembarque perdida e procurando ajuda, e adivinha quem a ajudou? Theresa (namorada), a nova alemã falante de português, depois disso ela veio toda orgulhosa me contar, e o pior é que foi verdade, essa brasileira só desgrudou dela quando encontrou a filha no lado de fora do Aeroporto. Eu acho que a melhor parte de aprender uma língua estrangeira é ajudar os outros que passam por problemas de comunicação, desde que voltei ao Brasil já ajudei muitos comerciantes a vender artesanato para estrangeiros, que gratificante! Além daquelas situações que o cara tá perdido, precisando de informação e você aparece para salvá-lo, é muito bacana!

Neste tempo em que Theresa esteve aqui eu entrei neste acordo de que iria estudar aqui e trabalhar para juntar dinheiro para visitá-la em todas as férias (Julho, Dezembro, Janeiro), além de continuar estudando alemão e tentar manter um bom nível acadêmico para conseguir o intercâmbio para a faculdade da Alemanha que falei (Deggendorf). O fato é que 2013 marca o meu reinício, nova faculdade, trabalho (quero voltar a dar aula), novos planos, tudo novo! Sinto como se a vida estivesse começando agora, o que passou foi só ensaio. E aqui finalmente fecho o bloco Camphill e Escócia do Blog, apesar de saber que não consegui postar muito mais durante o ano passado, uma experiência marcante que claramente mudou o curso da minha vida como humano, estudante, profissional, cidadão e membro de família. Bom início de ano para todos também!

Despedindo-nos do velho e querido quarto, tudo arrumado para os novos voluntários.

De volta ao Brasil viajando pelas praias do Ceará.