sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Um Natal para o belo


Desde que minha avó faleceu há alguns anos, o Natal nunca foi o mesmo. A família agora celebra separadamente, sempre com algum lugar matriz, mas que não representa aquela realidade que se outrora. Por um lado perdeu-se os festejos familiares, por outro ganhou-se o silêncio e a paz que também me fazem refletir sobre esta data.

O Natal, o dia 25 em especial, parece conter uma energia especial, que transcende quaisquer problemas que afetem esta humanidade, a paz de espírito se torna presente, algo acontece. É um dia para se desligar dos fardos terrenos e respirar o que a divindade nos trás de melhor, alimentar os bons sentimentos e contemplar o belo. Cá estou eu apreciando a música barroca do português João Rodrigues Esteves, belíssima por sinal. Faz-me lembrar as velhas cidades da Europa.

Gosto de ficar sentado em meu quarto, ouvindo a música, observando os detalhes de meu limitado mundo e tentando expandi-lo com a imaginação e todas as faculdades que o criador me deu. Sigo com minhas leituras, penso em lugares belos, pessoas honradas, a arte com bom gosto que foge dos vacilos da pós-modernidade. Às vezes é bom trazer um pouquinho de céu para nossa Terra, mas não se pode exceder a dose, pois a vida é aqui e agora, o céu vem depois. Um Feliz Natal a todos.

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