domingo, 30 de junho de 2013

O que importa na vida?

Hoje estive pensando sobre as experiências que temos nesta vida, lembrei das coisas boas e inesquecíveis que vêm à minha mente sempre que as aciono, coisas da infância, adolescência e da vida presente, mas também lembrei daquilo que eu não consigo lembrar, as experiências que parecem ser irrelevantes nesta caminhada, nós vivemos isso porém dificilmente lembramos disso, pois de certa forma essas experiências não alcançaram um nível de importância suficiente para se destacarem em nossas vastas memórias.

Quando viajamos, principalmente quem gosta muito de viajar como eu, parece que vivemos muito mais experiências relevantes que o normal. Quem nunca fez uma grande viagem de duas semanas em lugar completamente diferente, geralmente em um continente diferente, e não sentiu que viveu muito mais que o normal? A impressão é de que uma semana vivendo intensamente nos trás um número de experiências relevantes que viveriamos em um ano de vida “normal”. Isso é fantástico pois nos mostra o que realmente importa na vida.

Pare você mesmo(a) e pense, o que você lembra do ano passado? Com certeza lembrará dos momentos em que cresceu, em que aprendeu lições, em que algo especial aconteceu, mas a maior parte massacrante dos eventos do ano anterior não possuem muito espaço em sua memória, ou seja, muitas coisas repetitivas que a sociedade faz você acreditar que são importantes na verdade não são tão relevantes para o seu crescimento interior, ou melhor dizendo, para seu acúmulo de experiências marcantes, e considerando que essas experiências são as grandes responsáveis pelo seu progresso na vida, podemos considerá-las vitais e de fundamental importância.

Ao passar do tempo fui percebendo que claramente essas experiências marcantes são como uma forma de direcionamento que a vida nos propõe, como algo que devemos perseguir, algo natural da caminhada humana. Quando fazemos algo que sentimos prazer e nos enche o coração de alegria é como se uma voz interna falasse: “O caminho é  por aqui mesmo, continue...”. Daí percebi um pouco da essência daquelas famosas frases ditas aos jovens mas que poucos conseguem interpretar com clareza: “Siga seu coração”, “Faça o que você gosta”.

Por que as pessoas que possuem tarefas repetitivas e tediosas geralmente estão de mal humor? Como por exemplo um caixa de supermercado, um taxista, uma empregada doméstica, um operário de fábrica, um motorista ou trocador de ônibus? Poucos percebem isso, mas essas pessoas estão sendo intensamente repreendidas pela sociedade ao estarem sujeitas a desempanhar essas atividades tão vazias em suas vidas, elas estão em um condicionamente “servo” já ponderado pelos teóricos socialistas em que nosso atual sistema nos faz acreditar que é algo voluntário e que eles aceitam fazer.

Esses indivíduos tem pouquíssimas chances de viverem experiências relevantes em suas vidas, e quanto mais se envolvem em tarefas repetitivas que não proprocionam essas experiências relevantes, mas se distanciam de sua natureza humana, isso gera comportamentos aberrativos como o uso de drogas, a pratica da violência, o isolamento social e em muitas vezes o fanatismo religioso, muito comum no Brasil.

Mas tendo em vista os milhões que são repreeendidos por essas atividades que geram experiência irrelevantes, como mudaremos este contexto em busca de um mundo justo e livre para os seres-humanos? Um mundo em que a busca por experiências relevantes seja liberada e acessível a todos? Creio que este contexto será proporcionado pelo avanço da ciência e da tecnologia, pois está se mostra cada dia mais como a grande ferramente de emancipação humana, assim como a educação voltada a este propósito. Acredito que com o passar dos anos os seres-humanos estarão cada vez mais livres e ao mesmo tempo desafiados a procurar outros valores em suas vidas, valores que proporcionem as tão faladas experiências relevantes que tenho descrito aqui e deveriam ser a grande luz desta busca incansável do bem viver e da real liberdade humana.

O grande desafio é transformar o tempo que usamos em experiências irrelavantes num tempo onde se possa promover experiências relevantes, por isso é tão importante a busca de uma atividade que nos faça bem, que nos atraia e promova um verdadeiro crescimento. Muitas pessoas se sujeitam a trabalhos não muito atrativos por causa do dinheiro, mas percebe-se que o dinheiro não é nada mais do que a chave para promover rápidas atividades relevantes. Talvez se buscássemos outros valores além do que o dinheiro pode comprar, chegariamos aos nossos objetivos de maneira bem mais fácil e rápida, talvez olhando mais para si mesmo (internamente) e apreciando o que há de mais simples ao nosso redor, aquilo que todos os humanos podem usufruir a partir do momento que nascem neste planeta.

Um comentário:

  1. Boa Leozão!! Realmente às vezes ficamos presos numa rotina e deixamos de enxergar o que o planeta em si tem a nos oferecer... Layson!

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