segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Esperanto

Era 1887 quando o polonês Ludwik Zamenhof lançava aos olhos críticos do grande Império Russo a primeira obra sobre a nova língua que havia criado. Dentre a mescla de diferentes povos e culturas que envolviam aquele império, era notável a dificuldade de comunicação entre os cidadãos, motivando Ludwik desde criança a procurar uma forma de inibir incômoda desordem. Surgia então o Esperanto.

O Esperanto foi a língua artificial mais bem sucedida em toda história da humanidade, ganhou adeptos por toda a Europa e outros pontos do planeta, mas devido à grande turbulência do século XX, teve um período de estagnação que não durou muito tempo, e novamente o idioma de Zamenhof ganhou força, principalmente com o advento da internet, facilitando sua disseminação e seu aprendizado.

Uma língua internacional, capaz de integrar diferentes culturas democraticamente, regular as interações entre seres de costumes discrepantes, gerar literatura, notícias e meios de comunicação globais. O potencial observado na pratica do idioma visando o cosmopolitismo é irredutível, especialmente no momento em que a superpotência americana entra em leve e gradual declínio, a China que vos diga.

Seria inepto não se desprender da imperial língua inglesa e admitir a ventura do Esperanto. Não ficaríamos surpresos com um futuro onde nossos filhos aprenderiam o idioma internacional logo após o nativo, e após o seu domínio, voltar-se-iam ao aprendizado mais facilitado das línguas as quais desejassem.

É real, apesar da internet e da globalização, a dificuldade de interação entre os países ocidentais e orientais, principalmente para nós, brasileiros, que dificilmente visitamos chineses, japoneses, coreanos, entre outros habitantes daquele continente. Preferimos muitas vezes não nos arriscar, nos limitando aos países norte-americanos e europeus, e desconhecendo a rica cultura oriental por simples remorso quanto às dificuldades de comunicação.

Que bom seria viajar sem preocupação para qualquer ponto do planeta, e ao mesmo tempo, que bom seria receber em nossa morada pessoas desses mesmos pontos longínquos, sem medo, apenas prontos para processar todos os mecanismos esperantistas.

Esforçaremo-nos para abrir esta porta, que já deveria estar aberta há tempos. Posso garantir que se hoje o inglês é essencial, um dia o Esperanto também será, e aquele que souber disso, estará à frente. Gostaria de escrever aqui muito sobre o assunto, pois realmente me enche de fascinação, mas deixarei que busquem por si mesmos as informações que por acaso lhes despertem curiosidade.

Abaixo alguns sites com mais informações sobre o Esperanto:

http://www.lernu.net/
http://www.esperanto.org.br/
http://www.kurso.com.br/


2 comentários:

  1. Estimata ĵurnalisto Leonardo Campos.

    Muito interessante a sua matéria, hoje vemos um grande descrédito e as vezes o esperanto chega até a ser ridicularizado, sabemos que pessoas que fazem isso não conhecem o problema da comunicação internacional, esses mesmos crêem que conhecendo o inglês estarão aptos a falar com todo o mundo.
    Isso é um ledo engano, meu nome Lauro Mattesson, sou missionário e professor de línguas (na verdade no momento me encontro afastado de minhas funções por motivos de saúde), sou filho de pai americano e mãe brasileira, tenho os dois idiomas como línguas maternas, mas só realmente aos 18 para 19 anos conheci um idioma com o qual me fiz verdadeiramente um cidadão do mundo, tal idioma foi o esperanto, sim essa língua planificada criada pelo gênio Zamenhof (prefiro planificada em vez de artificial, pois sabemos que todas as línguas são artificiais, todas são criação do gênero humano), usando o esperanto tive contato com uma grande cultura universal, viajei por dezenas de países apenas usando essa ferramenta incrível de comunicação, fiz amigos em lugares que se não fosse pelo o esperanto eu nunca visitaria, com a ajuda do esperanto criei um técnica, uma rotina mental que me ajudou a aprender uma dezena de outras línguas.
    Eu só tenho a agradecer ao esperanto, são mais de 20 anos de amizade com pessoas de vários lugares do mundo usando essa maravilhosa língua.
    Dankon Esperanto, dankon D-ro. Zamenhof!
    Cordialmente:

    Lauro Carvalho Mattesson

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  2. Olá Lauro, obrigado pelo seu comentário. Infelizmente a questão do inglês como língua principal está entranhada em nossa sociedade, logo o aprendizado de idiomas que de primeira vista nos parecem estranhos acabam ficando ridicularizados, não pelo idioma em si, mas sim pela preguiça e ignorância dos indivíduos que preferem não se aventurar no desconhecido. É notável o potencial da língua e sua real funcionalidade para com a comunicação global e para a formação singular de qualquer cidadão do planeta, você e uma série de outras pessoas que tive a oportunidade de conhecer são as maiores provas disso. Quanto ao termo "artificial", usei-o por ter visto com mais frequência em minha pesquisa, desde já devo substituí-lo por "planificada", como sugerido por você. Até logo!

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