- Não comungo de nenhuma forma com classificações de personalidade segundo gênero, cor e orientação sexual, por isso reprovo muito do que o candidato disse, embora o que foi dito tenha sido insistentemente tirado de contexto e maximizado pelos seus adversários para fins de combate político.
- O terror em volta de Bolsonaro como uma ameaça a determinados grupos da sociedade é artifical, trata-se de narrativa previamente orquestrada, uma vez que as ideias políticas da esquerda só prosperam em ambientes de grande fragmentação, e o termo "minorias" é pensado justamente para este fim. Quem está preso neste grande jogo de narrativas, naturalmente verá o candidato como o mais tenebroso dos seres. Não estou nessa.
- Apesar do poder executivo federal não agir na área diretamente, Bolsonaro é a única esperança para que a União sinalize aos Estados um ambiente mais propício ao fortalecimento da segurança pública, que está em calamidade total, enquanto Haddad segue com aquela postura complacente com a criminalidade, sem dar nenhum indício de que poderemos um dia vislumbrar ruas e áreas públicas seguras em nosso país.
- Não há nenhuma ameaça à democracia, nós não estamos em 1964, a Guerra Fria acabou e não temos um inimigo interno explodindo bombas e sequestrando gente por aí. A única ameaça que a democracia tem nesta época é seu aparelhamento por um partido hegemônico que vai cooptando as instituições ao ponto de não ter mais seu poder ameaçado, e você sabe bem quem fez isso nos últimos quinze anos (até o Ciro Gomes sabe).
- A educação brasileira está completamente aparelhada ideologicamente, sendo utilizada de forma criminosa para articulação política e engenharia social, isso atrasa muito o país (além de ser um grande desperdício de dinheiro). Bolsonaro pode ser o início de uma mudança, atuando para quebrar esta estrutura em nível nacional, começando pelas universidades.
- Bolsonaro praticamente não tem um plano de governo, apenas propostas soltas, o que é ótimo, o país precisa de um pouco de senso comum, fazer as coisas óbvias e parar de achar que planos de governo super racionais e detalhados inferem resultados melhores. Em política, não fazer muito e não se meter em tudo são propostas dignas de apreciação.
- Não precisa falar sobre posse de armas, o brasileiro já votou contra o desarmamento. Aqueles que ainda assim resistem, demonstram só respeitar a democracia quando convém.
- Há uma sinalização para efetivação real de nossa federação, reduzindo o poder da União e fortalecendo estados e municípios, menos poder em Brasília, mais poder para perto das pessoas.
- Economia deve ser o menos necessário em comentar, Bolsonaro sinaliza para um economia mais livre: maior abertura comercial, desregulamentações, desburocratização, redução de impostos, responsabilidade fiscal, reformas necessárias, estabilidade monetária, câmbio flutuante, privatizações, enxugamento do Estado (que impacta na redução da corrupção) etc. São propostas tão mais realistas e sensatas que nem dá pra comparar com as do soviético que está no outro lado da disputa.
- Na política externa Bolsonaro também sinaliza um realinhamento drástico, abandonando as parcerias ideológicas da última década e se aproximando aos países civilizados, o que melhora substancialmente o posicionamento geopolítico do Brasil, visando ganhos incomensuráveis em termos econômicos, diplomáticos, militares e sociais. Como nosso país é um líder regional, isto também terá impactos na ditadura venezuelana, que há muito tempo se transformou em uma grave crise humanitária.
Os motivos acima já seriam suficientes para fundamentar os votos em Bolsonaro, e não meramente por um "ódio ao PT". Votei em João Amoêdo no primeiro turno, que tinha propostas mais claras e até melhores, mas no segundo turno não tenho dúvidas, Bolsonaro representa a civilização (por mais bufão que seja) e Haddad representa a estagnação no subdesenvolvimento, eternizando nosso país na periferia do mundo.
Pronto, simples né? Pois é, também gostaria que nossa política ficasse mais simples, daria menos espaço para corrupção e utopias destrutivas. Pena que a simplicidade não faz parte do vocabulário de quem acha que vai mudar o mundo pelo Estado.
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